sábado, 29 de maio de 2010

Dias assim...

Dias assim... A culpa insiste em entrar, sem bater na porta, sem pedir licença.
Simplesmente entra. É assim com todo mundo... Dizem que a idade pesa, que a vida passa e estao sempre fugindo dela. É como praga. (cresce em jardim).
Eu quero mesmo é viver tudo. Minha alegria ingênua, simulada, inventada. Tragada.
Quero acompanhar de perto, ir com a vida lado a lado. Disputa cerrada.
Quero quebrar os laços, chegar na frente, ser o primeiro.
Mas não quero erguer bandeira nenhuma. Por que sou da tribo dos sem tribo.
E só defendo a causa dos perdidos. Sendo eu também um perdido, dissimulado, fingido e petulante e ainda assim, um pequeno burguês amável.
Quero a dor pra fazer poesia.
E o amor sem vergonha, sem culpa. Ousadia estampada na cara, vida tatuada na alma.
Sentir o gosto raro do desafio e o excesso fundamental pro meu equilibrio.
Quero doses de inspiração, sensações e multidões...
Amor puro, proibido, descarado. Sem trapaças.
Me apaixonar todo dia e a cada minuto que escorre de vida.
Dias assim... Eu quero mesmo é me apaixonar, fazer uma canção, ficar de bobeira, birita com os amigos e filosofia de bar.
Voltar de mãos dadas pra casa. Ver o dia acordar.

Dias assim... Eu quero mesmo é a vida nua, sem culpa!



(Luca Souza)

Um comentário:

Ana Sousa disse...

Quase não me lembrava desses,mas posso dizer com certeza que é um dos melhores, dificil escolher a dedo qual seria, mas esse jogo d epalavras, e versos e prosas, estao em perfeita sincornização...
Congratulations my fried.
Orgulho sempre!